A tradução do GNOME começou como parte do LDP-BR (ver site atual), que por sua vez estava atrelado à Conectiva (hoje fundida à Mandrakesoft para criar a Mandriva). O LDP-BR contava principalmente com o trabalho de voluntários, mas os funcionários da Conectiva ocupavam posições chave. Um funcionário da Conectiva (Ricardo Guimarães?), por exemplo, era a única pessoa da equipe com uma conta no servidor de CVS do GNOME. Gustavo Maciel Dias Vieira foi a primeira pessoa da equipe mas fora da Conectiva a conseguir uma conta no CVS do GNOME, através de contato direto com o GNOME Translation Project, em 2000 ou 2001. A partir daí passou a assumir cada vez mais a coordenação da equipe. Foi ele quem elaborou a primeira página web da tradução do GNOME, colocada no site do LDP-BR através da Lisiane, funcionária da Conectiva que assumiu a coordenação do LDP-BR quando Ricardo saiu.

Com o fim do mestrado, Gustavo Vieira começou a trabalhar, e tinha pouco tempo para a tradução do GNOME. Isso foi um grande problema, já que todas as traduções tinham que passar por suas mãos para chegar ao CVS do GNOME. Foi então que Gustavo "kov" Noronha Silva sugeriu (em 2002 ou 2003) que mais pessoas da equipe ganhassem contas no CVS do GNOME, o que ficou conhecido como "coordenação distribuída". A partir daí começou a desvinculação da equipe brasileira de tradução do GNOME. Também foi kov quem criou a primeira lista de discussão própria da equipe, em 22 de agosto de 2002, usando a infra-estrutura da ONG brasileira CIPSGA (Comitê de Incentivo a Produção do Software GNU e Alternativo). Em 2003 a equipe adotou a infraestrutura do SourceForge, mais especificamente para o wiki gnome-br.sourceforge.net e para a organização do fluxo de trabalho. As traduções prontas eram colocadas na ferramenta de acompanhamento de "erros" do SF, e a partir de lá algum membro com acesso ao CVS pegava, revisava e enviava para o GNOME. O GNOME 2.4 foi a primeira versão completamente traduzida para o português do Brasil, feito mantido ao longo das versões 2.6 e 2.8.

Do final de 2004 até 2006 Gustavo Vieira praticamente não pôde participar da tradução do GNOME. Nesse período Raphael Higino (in memoriam) se destacou pelo desempenho, mas quando Gustavo Vieira resolveu passar a coordenação adiante quem se prontificou para assumir foi Gustavo Pastore. Sob sua coordenação, e com a ajuda de Lucas Rocha, a equipe começou a aproveitar melhor a infrastrutura do GNOME. Foi criado uma nova página no GNOME Live (o wiki antigo já não funcionava direito), e adotou-se o bugzilla do GNOME para o fluxo de trabalho. No começo as traduções eram anexadas aos relatórios "de erro" na forma de patches, o que criou um grande problema, porque os tradutores não usavam como referência o CVS do GNOME, e sim os arquivos expostos pelo precursor do l10n.gnome.org. Depois de algum tempo se convencionou anexar traduções inteiras, mas marcá-las como patches para colaborar na estatística de quem revisava mais patches. Em novembro de 2005 Guilherme Pastore criou o canal #gnome-br no GimpNet para atender tanto à equipe de tradução quanto aos usuários e desenvolvedores brasileiros; até então usava-se um canal de mesmo nome no [FreeNode?]{.foswikiNewLink}.

Referências